No embarque das Artes 2


Para um melhor acompanhamento, indico a você a leitura da post anterior : No embarque das artes

“Quando as artes se misturam com variados acontecimentos em sincronia, tudo passa a ser de uma realidade dentro de um contexto imaginário ou não. Em conjunto com um repertório cheio de possibilidades, idas e vindas, tornando tudo um grande mistério, e em cada movimento dos ponteiros fatos reais que embalam a se chegar a resolução desse grande enigma que ultrapassa barreiras”  

– Alô, quero falar com a Cindy? Segundos de silêncio e vem a resposta:

– Jonh, sou eu! Estava preocupada, você chegou bem a sua casa? Gostou da festa? Jonh, soltou o telefone e se jogou no chão com olhar fixo para o teto, e já não sabia mais de nada, e ao fundo a voz:

– Alô, alô, Jonh, Jonh, está aí, fala comigo, Jonh!

Após algum tempo em transe olhando para o teto, Jonh se perdia em um “labirinto de pensamentos”, e esse só foi quebrado por miados que cada vez mais ganhavam volume, e antes de levantar ganhou uma lambida na ponta do nariz e arregalou os olhos espantado:

– Não pode ser, Dorothy! E ela respondeu, ronronando e com miados mais suaves, contornou as pernas de Jonh e de imediato, subiu à mesa, e nela havia um jornal o qual ela sinalizava com miados e como que grifando com a patinha esquerda misturada de pelos branco e preto, Jonh era audiência na cena: O que tem esse jornal? O que quer me mostrar? Ela sinalizava um anúncio, era a estreia de um filme de suspense com uma pitada de terror, o local era o Cine Centro (esse supostamente fazia parte do complexo de arte do mesmo endereço que Jonh encontrou Cindy).

Dorothy ficou miando de forma cadenciada, pulou no chão, dirigiu-se até a jukebox e com o focinho apertou o play e começou a tocar (Stay Cats – Stay Cat Strut) ronronou, levantou a patinha esquerda como se despedindo, e ao pular no quadro da pintora (Henriette Ronner Knip – A cat on a pillow) ela tomou forma da arte. Jonh ficou abismado, ao mesmo tempo desesperado puxando os cabelos, andando de um lado para o outro, batendo a cabeça na parede e resmungando alto:

– Isso não tá acontecendo comigo! Só pode ser uma alucinação, não é real! Vou tomar um banho relaxar o corpo e “refrescar os pensamentos”.

Estou muito acelerado com tudo que está acontecendo desde aquele dia em que conheci Cindy no Café Retrô. E como não pensei nisso, voltarei ao café, quem sabe encontre alguma resposta. Agora já menos agitado, Jonh foi até a jukebox escolheu rapidamente a música (Kim Carnes – Bette Davis Eyes) no estalar de dedos já estava dando passos dançantes com sorriso espontâneo, alguns pensamentos e um ar misterioso como querendo dizer: Vou mergulhar nessa aventura para dar uma “aquecida na adrenalina” e deixar o coração a mil, sinto que irei ultrapassar barreiras como da vez anterior.

Após alguns minutos saiu do banho, se trocou, abriu uma cerveja e percebeu que todos os quadros de suas paredes estavam fora de ordem, e supostamente o que estava a gata Dorothy, não tinha mais a foto dela. Jonh terminou de beber a cerveja, como que dizendo: já era esperada algumas mudanças, respirou fundo e saiu apressado do apartamento em direção ao Café Retrô.

O elevador parou no seu andar e antes das portas se abrirem já dava pra sentir um agito, e quando chegou, uma gangue estava presente, e um dos membros carregava um rádio estéreo ouvindo (James Brown – Get Up I Feel Like Being Like A Sex Machine). E veio uma voz grave:

– E aí, irmão, pode entrar, aqui todo mundo é da paz! Estamos indo ao centro, hoje é aniversário da cidade, vamos pro agito e claro, em busca de divesão, mas sabemos que nem todos tem essa ideia. Se quiser colar no rolê é só vir. Jonh, acanhado apenas fez o sinal positivo com a cabeça e em seguida comentou:

– Vocês moram aqui? Estranho, nunca os vi no prédio e moro há aqui. Veio a resposta: Relaxa meu irmão, não gostamos de nos expor muito, preferimos o anonimato sabe como é, só temos vida realmente quando desses momentos, alias aproveite esse rolê, nada acontece por acaso, ainda vamos nos trombar em alguma outra situação, fique ligado na missão!

O elevador chegou ao térreo, e estava uma circulação de pessoas como nunca visto antes no prédio e nos entornos, isso também chamou atenção de Jonh que percebeu que algo não estava certo, parecia estar em um outro plano sentindo um clima diferente no ar. Optou em ir de ônibus para o Café Retrô, o coletivo chegou e estava um pouco cheio, conseguiu sentar ao lado de um bem elegante, trajando um terno em risca de giz em tom preto, sapatos branco e preto, usava um bonito chapéu de época e estava lendo um jornal concentrado, Jonh curioso tentou dar uma “fitada nas notícias” e foi quando ouviu:

– Seus olhos não farão curvas, está conseguindo ler?(risos) quer emprestado alguma coluna? Jonh meio que se encolhendo no banco comenta: Desculpe atrapalhar a sua leitura, se possível quero a coluna de artes. Segundos de tensão, e após um sorriso veio a apresentação:

– De onde venho sempre fazemos questão de nos apresentar, meu nome é Jofre, e o seu meu jovem? Coçando a cabeça vem a resposta: Prazer, me chamo Jonh. Posterior as apresentações e aperto de mãos, o coletivo ficou diferente como de épocas passadas e as pessoas também estavam com outros trajes. Jofre percebeu o espanto instantâneo de seu recém amigo e foi misterioso na abordagem:

– Ora, ora! Não fique estarrecido, meu jovem amigo, já tive a sua idade e sei bem como é essa sensação, mas fique tranquilo, se está aqui é por algum motivo, aprecie e aproveite essa viagem e ache o que está procurando, mas lembre-se, um caminho está atrelado ao outro.

Nesse instante, Jonh ficou abstraído, deu uma suspirada profunda como ainda compreendendo toda aquela mudança de cenário, e quando olhou a data do jornal comprovou que estava em um outro ano, e logo abaixo o mesmo anúncio que Dorothy tinha indicado a ele no apartamento. Em seguida, Jofre levantou de seu lugar, bateu no ombro do jovem amigo lhe dizendo:

– Vou descer nesse ponto, minha missão de hoje foi cumprida, e pelo jeito você achou o que queria, dando uma puxada no chapéu e uma piscadinha com o olho esquerdo, assim que desceu tudo em torno voltou como antes. E novamente, Jonh entrava em um transe profundo a procura de respostas.

Logo desceu no ponto e andando em direção ao Café Retrô, observava uma manifestação contra o racismo, e no carro de som tocava (Public Enemy – Fight The Power) e em frações de segundos, presenciou o batalhão da polícia chegando com escudos, cacetetes e atirando bombas de gás de pimenta contra os manifestantes que corriam desesperadamente. Jonh não pensou duas vezes e entrou rapidamente e ficou vendo as cenas de pura violência explicita.

Quando voltou o seu olhar pra o interior do Café Retrô percebeu uma decoração diferente, haviam pinturas Noir em destaque como a de (Edward Hopper – Nighthawks). Ao se atentar nos detalhes dos outros quadros, percebeu em uma das pinturas o rosto do Sr. Jofre (Fabian Perez – Man Lighting a Cigarette). Pediu o de sempre e sentou no mesmo lugar como de habito, e ficou observando pela vidraça a movimentação da rua que já estava em clima festivo, todos estavam fantasiados e dava pra ouvir a música (Oingo Boingo – Dead Man’s Party) interessante que as pessoas no interior do café começaram a dançar cada um ao seu modo, foi um momento de pura descontração.

Mas, durou pouco, um sujeito mascarado bateu no vidro e com as mãos indicava para Jonh ir à cabine telefônica da esquina, deu um gole no café (quase queimou a língua) e saiu, entrou na cabine havia uma ficha telefônica e um número circulado na página de uma agenda. Discou apressadamente o número e no primeiro toque uma voz abafada:

– Sou eu, Jonh, a Cindy! Jonh! Jonh! E uma voz grossa ao fundo, você jamais o verá novamente, e a ligação caiu. Jonh desesperado, socava o telefone e golpeava cabine até que um policial se aproximou e o intimou:

– Ei, rapaz! O que tá fazendo? Saia daí agora mesmo! Ao sair ganhou um sermão do homem da lei que batia o cacetete no poste dizendo:

– Fique esperto, na próxima não serei bonzinho com você, seu vândalo! Sai daqui, vai procurar a sua turma, hoje tá cheio de doidos como você nas ruas.

Obedecendo o policial, deu alguns passos e sentou na calçada já sem saber o que fazer, foi quando bateu um forte vento que trouxe um jornal, esse parou na sua perna, quando abriu a página, era o mesmo anúncio já visto anteriormente, e a data era outra, isso deixava John confuso, mas dessa vez ele entendeu que era a única chance possível de encontrar Cindy.Ouviu sua barriga roncar, estava com fome e foi a uma lanchonete, ficou vendo as notícias que passava em um televisor sobre as atividades culturais do dia, comprou uma coxinha e foi em direção a estação de metrô, poucos metros de entrar veio uma voz:

– O meu camarada, dá um teco dessa coxinha, aí! Estou o dia todo sem comer nada. Jonh de imediato deu o salgado ao homem faminto que logo agradeceu com brilho no olhar e se apresentou:

– Meu nome é Tim, moro em todo canto, você foi generoso e atencioso comigo, é o seguinte, já que matou a minha fome, vou te compensar com um show ao vivo, o melhor de sua vida. Veja só! Num estalar de dedos, todos outros moradores de rua ficaram em pé, as luzes piscantes e coloridas, uma névoa tomou conta da praça, e então começou a tocar nos alto-falantes da igreja a música de (Michael Jackson – Thriller) e a coreografia era perfeita. Tim comandava o ritmo era uma apresentação perfeita, foi quando da terceira badalada do sino da igreja que tudo parou, a praça estava vazia e o vento levava o guardanapo da coxinha a cesta de lixo. Jonh, apenas dizia com olhos arregalados: eu não acredito no que acabei de presenciar.

Ao entrar na estação, novamente observou que estava em outro ambiente, com vários grafites espalhado, presenciava inúmeras gangues de break dance na plataforma, muitos curiosos arriscavam uns passos ao som de (Break Machine – Street Dance). Quando embarcou conseguiu ver a mesma gangue do elevador, e os integrantes fizeram o sinal de positivo a Jonh, e bateram um papo:

– Irmão, que bom te ver novamente, não sabia que curtia um som, você é um dos nossos! toca aí, fica a pampa. E aí, já sabe qual estação se vai descer? Algo me diz que tem uma parada nervosa pra resolver, precisar de nós, é só avisar. Quando Jonh foi responder, alguém acionou a parada de emergência, o metrô da frente estava com problemas, mas o pior, a polícia estava atrás das gangues e adivinha só quem liderava esse grupo, o mesmo policial da cabine telefônica que já mostrava um olhar de puro ódio. Bombas de gás, corre, corre, confusão, pancaria ao som de (Public Enemy – Don’t Believe The Hype).

Jonh conseguiu correr até uma saída de emergência ficou ofegante pelo efeito do gás e ao sair por uma rua estreita via do outro lado da rua inúmeras viaturas carregando vários membros das gangues inclusive a de seus amigos e quando achou que estava seguro, ouviu uma voz de comando:

– Prendam aquele elemento, era o mesmo policial apontando para o outro lado da rua em direção a Jonh! Quase um batalhão se deslocando, e quando do nada um taxi fazendo uma manobra em 360 graus estaciona em frente ao homem mais procurado daquele momento. Era o taxista Vitor, para variar estava ouvindo e cantando (Titãs – Polícia).

– Dizem que ela existe pra proteger, mas parece que querem te prender, meu amigo! Entre logo, entre! Vamos sair dessa confusão. Alias o que você fez pra irritar tanto os homens da lei? Jonh, tremulo:

– Não fiz nada, aquele policial ficou de birra comigo, mas graças a você consegui escapar. Muito obrigado por aparecer. Franzino a testa e coçando o queixo, Jonh pergunta:

– Como me encontrou aqui, Vitor? Vem a resposta após o término da música: Meu amigo, tem coisas que não se explicam, e tudo está atrelado desde quando você entrou em meu taxi pela primeira vez, lembra que te disse: cuidado com os mistérios noturnos do centro, e aqui estamos em mais um. Mas, não se preocupe está seguro agora, por falar nisso, qual o destino dessa viagem? Jonh, olhava pela janela e via as paisagens em torno mudando de ambiente constantemente e então respondeu ao amigo taxista:

– Preciso chegar ao cine do complexo cultural do centro. Vitor, olhando pelo retrovisor argumenta: você gosta mesmo de uma aventura, aposto que tem a ver com aquela garota enigmática que estava contigo, eu sabia que já tinha visto ela em algum lugar. Você deve realmente estar apaixonado por ela. Mesmo não querendo confirmar, Jonh sorriu e nesse momento expressou tal sentimento. Mais adiante, o semáforo fechou, um carro vermelho conversível emparelhou com o taxi, e três garotas no estilo “Gótico-New Wave” curtido (Siouxsie And The Banshees – Cities In Dust).

E vem a voz da condutora: E aí, Vitor, vamos pisar fundo até o próximo semáforo? Se ganhar, aceito seu convite para a festa de logo mais. Jonh, sem entender nada apenas olha para Vitor que responde: Mônica, já pode se preparar, mais tarde você será minha! Colocou uma fica cassete e quando começou a tocar (Grease – Greased Lightning) vestiu as luvas, e quando o sinal ficou verde, na primeira acelerada, o taxi se transformou em um possante, e deixou o conversível comendo poeira. Vitor era só festa dizendo: hoje vou me dar bem! Jonh estava pálido com olhos arregalados.

Agora com a velocidade normal, os dois seguiram ao cinema e uma movimentação chamava atenção, pois era um contingente muito grande para entrar na última sessão do filme em cartaz, estacionaram o carro e entraram na fila, curiosamente eram os dois últimos e ninguém mais entrou atrás deles, e o espanto foi maior quando a simpática, pálida e tatuada atendente comunicou:

– Vocês deram sorte, pegaram as duas ultimas entradas, pelo jeito tinham de estar aqui essa noite, em seguida, uma gargalhada sinistra e ao levantar o cabelo do ombro esquerdo, tinha uma tatuagem no pescoço a qual Dorothy era a arte. E do nada a moça pálida sumiu para o espanto dos dois que ficaram olhando um para o outro.

O espaço do cinema transpirava arte e cultura para todos os lados, um gigante lustre de diamantes do saguão de espera era um espetáculo, carpete em tom vinho, as iluminarias bem distribuídas, pessoas transitando de um lado para o outro, o que chamava atenção de Jonh era de estar novamente em uma outra estação, cada pessoa de uma época diferente, e os olhares erm frios e impactantes. Chegou a hora de entrarem na sala, estranho que só faltavam eles para iniciar a sessão, assim que as luzes foram apagadas, um silêncio sepulcral na sala por minutos, foi quando gritos estridentes rasgaram esse momento, e Jonh com urgência gritava: Cindy, Cindy é você? Cadê você? Vitor levantou e sentiu que a sala estava mais gelada a cada segundo e um cheiro de mofo muito forte tomava conta do ar.

Quando olharam em volta todos os presentes na sala na verdade eram uma espécie de zumbis, esses foram para a frente da tela do cinema e a cena ficou mais estranha quando começou a tocar (Ramones – Pet Sematary). Quando encenaram uma coreografia, abriu um espaço onde Cindy saiu de um alçapão sobre uma mesa com vestido vermelho com velas coloridas que contornava o seu corpo, carregando a gatinha Dorothy em seus braços.

Os dois saíram correndo desviando com dificuldade dos “corpos dançantes em decomposição”, quando próximos, apenas Dorothy miava, enquanto Cindy adormecia. Nesse momento, todos se afastaram, apenas Jonh se aproximou, uma luz focava ambos e quando ele encostou suas mãos nas de Cindy. O teto se movia e uma abertura que dava as boas-vindas ao reflexo de luz da lua cheia, ao mesmo tempo começou a tocar (The Cure – Pictures of You). Cindy foi mexendo a pálpebra dos olhos, subitamente levantou-se encarando a misteriosa aura de luz lunar, os seus olhos pareciam consumir toda aquela fonte energética e quando olhou para Jonh, lhe deu um beijo, transferindo a ele também essa mesma carga.

E um foco de luz forte iluminou todo o ambiente, ao longo desse contato eles conseguiam ver todos os caminhos que trilharam até se reencontrarem. A cena terminou quando o teto fechou, Vitor batia palmas emocionado, Dorothy era só miados de alegria, afinal ela tinha sido salva, pois naquele mesmo espaço era um cemitério de pets. A sala estava vazia e o cine já estava com outra decoração. Vitor deu um abraço em Cindy dizendo, acho que já tinha visto você em algum lugar, os três riram já saindo da sala do cine.

Jonh comenta com Cindy: Nosso amigo tem um encontro logo mais com uma tal de Mônica, e Cindy completa: A gótica do conversível vermelho? Ela é minha amiga! Vitor, todo sorridente continua: Sim é ela mesma! depois de anos consegui esse date! Vocês não querem ir? É uma festa de Halloween? O casal aceita o convite e Vitor ficou de ir buscá-los mais tarde, afinal já estavam no prédio que Cindy reside.

Como fazia muito tempo que não se viam, entram no prédio e assim que o elevador fechou as portas travaram o controle de andares, e ali mesmo começaram a se beijar loucamente era um aquecimento para as cenas futuras, e quando entraram no apartamento tudo aconteceu como queriam, se despiram de tudo e fizeram amor como nunca, beijos e abraços que saíam faíscas, olhares penetrantes, toques e gemidos, tudo ao ritmo do som (INXS – Never Tear Us Apart). Após um longo banho, ambos foram se vestir ainda na base das caricias.

Cindy rapidamente se vestiu de Catrina (La Catrina, significa a morte na cultura mexicana, vem do termo Catrín, bem vestido e, por isso, seu feminino é usado para representar caveiras vestidas com roupas de gala, chapéus, bebendo pulque uma bebida típica mexicana semelhante a cerveja). Jonh fez um improviso com uma capa preta, uma forte maquiagem e uma cartola foi o que deu para fazer. Seguiram de mãos dadas em direção ao elevador e quando adentraram comentaram:

– Será que essas câmeras estavam desligadas? Deram um beijo leve pra não borrar o batom e maquiagem, e após alguns segundos a energia oscilou, tudo parou e Jonh sentiu que não estava mais segurando a mão de Cindy, e repentinamente o elevador desceu com toda velocidade, e quando parou e abriu as portas, Jonh estava no elevador de seu condomínio, justamente no seu andar, ao abrir a porta de seu apartamento, percebeu que tudo estava diferente, e após uns segundos o telefone tocou, e quando atendeu:

– Jonh, Jonh! Sou eu, a Cindy!

Jonh, novamente no chão olhando para o teto, sem reação em um espiral profundo de pensamentos intermináveis. E ao fundo:

– Jonh, Jonh!

Lista da trilha sonora:

Kim Carnes – Bette Davis Eyes

Stay Cats – Stay Cat Strut
James Brown – Get Up I Feel Like Being Like A Sex Machine
Oingo Boingo – Dead Man’s Party
Michael Jackson – Thriller
Public Enemy – Don’t Believe The Hype
Public Enemy – Fight The Power
Siouxsie And The Banshees – Cities In Dust
Grease – Greased Lightning
Ramones – Pet Sematary
The Cure – Pictures of You
INXS – Never Tear Us Apart

Ducacroce.
Criador e editor,
ideias e outras
coisas mais

7 comentários em “No embarque das Artes 2”

    1. Grato, por embarcar nessa segunda aventura com Jonh. Vejo que megulhou literalmente em cada “pincelada cultural”. Feliz que tenha gostado e também vindo expressar tal identificação com a história, isso motiva e muito. Fique atento, Jonh ainda está a procura de respostas. Um abraço

      Curtir

Deixe um comentário